terça-feira, 31 de julho de 2012

Leia-me que entenderás o que sinto por ti,
já que minha fala é traiçoeira nega o que me amedronta.

sábado, 28 de julho de 2012

Se fosse possível despir-me-ia de todos os meus sonhos; infelizmente não sou nada após o meu despertar.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Nomme



"Jean:", J'aime ce nom.
"Jean", je souhaite encore plus de cet homme.

Ela faz as coisas passarem do ponto e queimar seu coração.

terça-feira, 24 de julho de 2012

E se Maria não quisesse mais ser sozinha?,
e se Maria quisesse João?
(...)
Conversas alheias me cansam,
assuntos fúteis, exaltações inúteis
São gralhas, hienas, animais
desregrados falando sobre suas
desimportantes peripécias.
Ma(o)rtelam o meu tímpano,
estripam-me dois estribos.
Dão-me enxaqueca e gritos presos.
Falam muito e pensam pouco;
são facadas em meu cérebro.
Conversas assim são propagações
toscas de ondas e pensamentos;
conversas alheias me cansam.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Luvas de Platão


Comprei uma luva que não veste a minha mão.
Fica pendurada na minha janela,
do lado de fora onde eu não posso tocar.
Puno a mim mesma observando o dinheiro mal
empregado, observando minha luva de pelica.
Comprei o par de luvas por fazer meus olhos
brilharem, sem ver se me cabia.
Minhas mãos imploravam-na calor,
tecido ingrato.
Não me deixo partir, procurar outras luvas.
Não me deixo parar de olhar minha luva de Platão.

sábado, 21 de julho de 2012





"Ela prefere imaginar uma relação com alguém ausente do que criar laços com aqueles que estão presentes."

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Agradam-me todas as suas caras,
as diferentes expressões de você.
Todos os seus pelos, apelos,
desesperos, e trejeitos
Gosto das veias que saltam em
seu braço e de como você franze
a testa ao cantar.
Gosto das reações que me causa;
do pelo que me arrepia a nuca,
do frio que infesta meu ventre,
do sorriso besta e congelado.
Agrada-me saber de você,
saber das tuas pintas e feridas,
pois gosto das reações que me causa.



                Esse é o momento em que a mente começa a ficar desregrada. Ela já perseguia o clarinetista. Eliza pensava que aquele poderia ser o homem de sua vida, como todas as histórias de princesa prometiam. Como seria o rapaz quando criança? Eliza supunha que aos 5 anos ele ganhara um clarinete. O menino era travesso, corria pela casa atazanando a empregada, tocava em seu ouvido até não poder mais. Aos 10 ele comprou uma tartaruga, nomeou-na Ofélia, queria nome de réptil, e passeava com ela por todos os lados. Com 13 anos provavelmente ele tivera a sua primeira paixão; a garota devia ter cabelo comprido, ele tem cara de quem gosta de cabelos longos; ele sofreu por ela e prometeu a si mesmo não amar mais em um relacionamento. Aos 15 ele teve 11 namoradas e enterrou Ofélia. Com 20 ele encantou Eliza e virou longos pensamentos.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Jaz

Dói o corpo,
dói.
Jaz o corpo,
e dói.
Jaz, sem corpo.
Jaz, Jaz;
Jazz.
Apenas dói,
sem jazz.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Soneto transfigurado.

Preciso falar do meu amor,
mesmo que não haja nada para se contar.
Preciso narrar como ele olhou para mim,
detalhando cada fibra muscular.

Tentar reproduzir todas as notas
que ele usou ao dizer meu nome,
tentar mostrar o modo como ele
passou a mão sobre os meus ombros.

Quero que todos saibam e me
expliquem o que seu sorriso quis dizer.
Aquele sorriso torto e confuso,
sorriso que durou uns 3 segundos.

Preciso falar com o meu amor,
Preciso desperta-lhe o mesmo ardor
que em meu peito difundiu.


quinta-feira, 12 de julho de 2012

- Gosto de como a sua massa cinzenta funciona.- disse a estranha garota esperando que ele entendesse ''eu amo você''.

Fome


Alimento-me insaciavelmente para tapar a boca que me urge gritos.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Tudo é uma merda.

sexta-feira, 6 de julho de 2012


desistir | v. intr.

desistir
v. intr.
1. Não insistir.
2. Não querer continuar.
3. Abster-se.

Você escreve pelas palavras dela.

Ele ao lado dela veste melhor,
envolve os braços e até
ri um pouco mais.
Eles vivem na mesma cúpula,
eles fecham o circulo com a mesma
grade.
Ela é medíocre, fama sem talento;
Ele é é o contrario.
Mas eles ainda se fecham com a mesma
grade.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

A estrela está morrendo: supernova ou buraco negro?

Hipérbole humana

Somos uma sociedade de poetas,
não mortos, não tão vivos.
Somos, muitas vezes, esquecidos.
O sangue que irriga a tez não é tão
azul;
Nossa moda de viola não é tão
feliz.
Alimentamo-nos de tristeza,
como parasitas em busca de redenção.
Somos um tanto difíceis,
e sonhadores exacerbados.
Gramaticalmente somos hipérboles,
damos muito significado às palavras.
A metáfora é constante, chega até
a fatigar o cérebro;
Mas não há como fugir,
é a verdade que nos cabe.
Não existe direto, não existe fácil.
Drama é o nosso nome,
esperança é o nosso lema,
tristeza o nosso dia e
os sonhos nossa realidade.

2

Poeta que escreve poemas de amor;
Pra quem são suas palavras?
Poeta vil guiado pelo perfume;
Quem é essa flor abjeta que o exala?

Poeta malandro, vagabundo,
porque escreve tanto
se sua poesia é para poucos?

Novos amores e cores
não preencherão suas noites ou suas linhas de beleza.
Ainda blasfemas aos céus por mim?
Ainda sou eu tua poesia? Tua obra-prima?

Ou me igualei ao resto?
Sou eu, finalmente, parte do tudo que não significa nada?
Mas ainda ardo, ainda escrevo, ainda penso e firo.
Ainda te amo!

Por: Laura M. Toledo

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Amor à francesa


Mon amant, mon cauchemar, mon désir, ma nuit:
tout ce qui vous définit.

terça-feira, 3 de julho de 2012


Retirada


Subi no pau de arara
agarrado ao pai dos céus.
Balancei feito um bicho,
mas bicho lá de alguns fidéus.
Virei as costas para a terra
que germinou meu araçá, e,
exaltei esse sertão recheando
a boca com mal falar.
Fui embora, seu Bosco,
levei algumas cabras.
Fui embora, minha prenda,
minha Graça de desgraças.
São João, dai-me amparo,
Santo Antônio desistiu.
Os meus santos vão sumindo
ao percorrer esse Brasil.


segunda-feira, 2 de julho de 2012

Ao acordar


Quem tu pensas que és
para invadir meus sonhos ?
Tu que, em vida real,
estás tão longe de mim,
Como pode um homem ser tão distante da sua arte?

Egoísmo e capricho

Como se fosse pólvora,
festim e foguete, a
tua carne fere a minha.
Deixando exposta, sangrando,
gurnindo e urgindo 
ferozmente ao seu toque.
Devora-me, como se
o gozo fosse infindo.
Exila-me do que não for
teu corpo, detenha-me
com egoísmo e com capricho.
Pois para ti sou, agora, 
extensão do mais ardente desejo
e da mais nociva doença.

domingo, 1 de julho de 2012


Ponha na cabeça o que no coração não cabe:
não é para você, menina.