quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Meu buraco negro é imune à minha antimatéria.

domingo, 23 de setembro de 2012

Sinal

Pareciam-me sinais de fumaça, mas era apenas uma fogueira queimando lixo.

Dia Ostinado



Música de: Carolina de A. Cesconetto e Ana Carolina B. Lima

sábado, 22 de setembro de 2012

Ideias para publicar.

Tentei me publicar na sua página,
confundi-me contigo e pensei como se eu fosse você.
Eu desejei continuar com a ideia após dar-me
conta do equivoco, parecia ser uma boa ideia.
Até que percebi que eu não sei o que você realmente
pensa, sei apenas o que eu gostaria que você pensasse.
Faria sentido isso tudo, mas só para a parte de você que
se aluga em mim, pegaria mal externar gratuitamente.
Apaguei as suas ideias que são minhas,
apaguei as minhas ideias de você.


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Celebração de pavões

Acontecia sempre ao cair da noite e se estendia até o início da manhã. 
Os frequentadores eram pavões de todas as cores e preferências políticas, 
festejavam com penas caras todos os dias. 
O  ambiente tinha cheiro de cigarro, por mais que a gandaia mudasse de
endereço, e era sempre elamaçado de bebida; sujo e muito escuro. 
Mas a essa sujeira toda não era tão importante quanto as penas que 
os frequentadores ostentavam para atrair um parceiro e copular.
Existiam aqueles machos que ficavam apenas bebendo e observando;
aqueles outros que iam para a multidão e tentavam afirmar ser alfa;
existiam aquelas fêmeas que dançavam para atrair com sua descontração;
e aquelas outras que ficavam no canto esperando que todos reconhecerem 
a beleza de suas penas de luxo, financiadas pelo cartão das mamães pavoas.
Claro que a inversão de gênero sempre acontecia, tratando, assim, como 
fêmea não apenas o que a biologia determina e vice versa.
Nenhum pavão estava lá para encontrar vida inteligente.
Eram todos montados, nem seus dentes eram de verdade, mas é assim
que uma celebração de pavões deve seguir, com muitas cores falsas.

Uma delícia de musica da minha querida Paz.



quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Ele quer estar em um altar, cercado por mil santos inferiores, velas e virgens rezando em seu nome.
O amor é a maior poesia

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Homem de posses

João Bosco é um homem irritante,
juiz, quieto e muito rico.
Ingere sua comida de boca aberta, e
emite algumas onomatopeias em demasia.
Cospe, funga e passa sem sessar a
língua em seus dentes poucos e de ouro.
Bosco é de Iracema,
mulher bondosa e muito forte.
Aguenta manias de seu Bosco com tanta
garra e contentamento que só
poderia ser chamado de força.
Dono de terras e de almas, manda
e desmanda no sertão, tal um rei.
Mastiga com vigor a carne de seus homens,
delicia-se olhando e acariciando suas bezerras.
É pai de tantos bastardos cafusos,
é pai de tantas dores de Dolores;
é pai da miséria e pai da seca.





terça-feira, 18 de setembro de 2012

O amor dele desce com cachaça e só volta com a outra dose.
Se ao menos ele me desse um sinal de que esses 90% de mim valem a pena...

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Pequeno homem

Meu pequeno,
por qual razão mira tanto as estrelas?
Elas sempre se escondem de você e
brilham tão fingidas.
Por qual motivo se entregas tanto?,
amas tanto?
Amor demais te põe cabresto.
Mal sabe das coisas do mundo,
apenas se exila.
Meu pequeno, tu não és mai guri,
és homem feito;
tens barba e contas para pagar.
Aquieta-te, perceba as coisas.
Olhe para os lados,
lado de cá, para variar.
Não se jorrar tanto pelo mundo pode
ser bom, um pouco mais calmo e suave.
Meu homenzinho,
torrentes não levam a lugar nenhum.

Minha alma pesa mil toneladas.
Tentei recorrer á alguns regimes de internet
que diziam para eu deixar de amar;
Nutricionistas de chakras que me indicaram
doses homeopáticas abraços;
e até fiz cirurgia para diminuir meu coração comilão.
Tentei baixar a minha pressão e minha doçura,
cortei os amores mais pesados e mal passados.
Não via mais sabor ao sentir, degustar não existia.
Peso tamanho não é saudável, faz-me mórbida;
fiz exercícios de desapego e tonifiquei meu ego.
Até fiquei um pouco mais leve, de silhueta esbelta,
mas o que posso fazer?, não resisto a um dois amores,
na segunda eu recomeço o meu regime de você.

É justo a felicidade dele me fazer tão mal?

domingo, 16 de setembro de 2012

"De tanto leva "frechada" do teu olhar
Meu peito até parece sabe o quê?
"Táubua" de tiro ao Álvaro
Não tem mais onde fura"




sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Tragadas de alegria

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Supernova negra.


"Um novo encanto tomou-me
Lento, leve...perfumado,
Questionando o real valor
Daquilo que eu tenho amado;
Seduzindo os meus ouvidos
Com o que tem me mostrado."

Por: Alberto.

Poemoça

Hoje, querida,
não tem poesia;
Não tem rima nem verso.
Hoje, querida,
só quero olhar seu rosto,
onde habita um sorriso tímido.
Hoje é você a poesia.
Em cada olhar teu vejo as rimas,
e tuas linhas são como versos,
que se combinam e se entrelaçam,
formando em ti um poema.
O mais complexo que eu já li.

Por: Renato Gustavo Miguel da Silva

domingo, 9 de setembro de 2012

- Moro em Itajaí.
- Mas passa toda semana em Curitiba?
- Na verdade durmo na casa de amigos e em hotéis quando estou ai.
- E quando está em Itajaí?
- Um pouco na casa de minha mãe e da minha ex-namorada. Acho que não moro em lugar nenhum.


Meus olhos são pequenos,
você mal enxerga quando fitam você.
São olhos de quem se esconde
e cochicha, olhos de feridas.

- Você precisa se amar, Lucinda.
- Você se ama hoje?
- Especificamente hoje não.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Malabares para a dama


Bobo sem corte,
me conte uma piada.
Chegue mais perto,
sou a dama emburrada.
Dos seus malabares
com o meu coração
não restou mais nada,
só essa canção.
Toque seu banjo,
cante sobre a sua vida,
sou só uma dama
um pouco deprimida.

Persigo-te.
Não é de hoje nem é de ontem;
pode ser de um ano atrás.
Sigo os rastros do teu perfume,
teu bafo de cachaça,
teus restos das noites.
Sigo as notas do teu violão
e o leve desafinar da tua voz.
Sigo até os seus afetos,
amores e amigos.
Farejo-lhe como um cão faminto.
Sigo os rastros dos teus pés
e os apago para que ninguém
mais o faça.
Sigo teus fios de cabelo e
tua cara virada de ressaca,
teu bafo de cachaça.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Não leio livros para aumentar o meu vocabulário,
deduzo palavras, escuto pessoas.
Mais vale, para mim, um bom dedo de proza com
alguém inteligente do que afundar-me em uma literatura.
Prefiro prospectos humanos que leem-se com emoção,
dramatizam as palavras e verbalizam-se com o corpo.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Ele pediu para que eu virasse as páginas da partitura;
ele virou.

Antítese Trochiana.

Não sei se ele se esvai apenas dos meus dias,
ou se, cansado, desiste do mundo inteiro.
Não encontro mais aquela poesia,
que eu construía sempre ao lado dele. 
Fico fraca sem os meus versos e sem a 
voz de todas aquelas minhas rimas.
Eu fico fraca, perdida, não
não há mais candor nem serpentina.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Só pra saber, nesse tal filme de romance,
antes que o publico se canse, você me beija no fina?
Um sim cai bem, mas não se sinta obrigado,
porque um beijo obrigado na tela imprime mal.

Nem nome eu preciso ter...