sábado, 14 de maio de 2011

Transparência existencial

E eu sou invisível no
meu próprio mundo.
Não sou tão esforçada
quanto a Gizele,
não toco tão bem
como O Artur
e não tenho talento
como a Lígia.
Minha fala é,
em demasia, atrapalhada.
Minha auto-estima
é totalmente destroçada.
Não tenho o sorriso do Flávio,
não tenho o corpo da Elis.
Eu não tenho,
eu não sou,
eu lamento,
eu ainda não sou o meu autor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário