quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Filósofo, meditador e criança.

O céu vermelho da noite não é tão
bonito quanto o avermelhado da manhã.
Já o cheiro...!, ah, o cheiro inebriante;
esta, a pura amostra da arte olfativa.
O odor da manhã se consegue sempre
com a grama, é fácil e não furtiva.
Outra vantagem é a escuridão,
a temperatura também é escura.
Silêncios e ecos existem em ambos,
todavia com caracteres diferentes.
De manhã é o silêncio banalmente
calmo, de alongamento, interrompido
com o despertar da cidade.
O da noite é o mórbido, introspectivo.
O silêncio dos ecos e da criação da
poesia, da música e da dor.
A manhã é uma pessoa tranquila,
noite é um filósofo aparentemente calado.
Já a tarde, é uma criança;
daquelas bagunceiras e cansativas.

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