segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Verão

O ar árido e quente
anuncia falsa tempestade.
O Sol que arde a pele
brilha contra a vontade.
Nenhum eclipse salvará,
ele chega em 139 anos.
Nenhuma nuvem se arrisca,
nem mesmo com alguns cantos.
As preces entediam o pai.
Ele escuta isso todos os dias
Chora e arde, não vai chover.
No concreto não vai anoitecer.
Reza, cangaço; reza, cidade.
O outro dia vem para raiar.
Reza, Antônio; reza, Marina.
Como se a reza fosse adiantar.

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