sexta-feira, 8 de junho de 2012


Não sou uma pessoa completa,
nunca me senti assim.
Não sou completamente louca.
Não sou completamente normal.
Não escrevo livros até o fim, contento-me
com uma poesia que não expresse
completamente o que sinto.
Não componho uma música até o final,
paro projetos pela metade.
Não me entrego por completo,
por isso posso dizer que não amei;
não sei amar.
Vivo pela metade, o completo me assusta.
E, talvez, essa constante falta de partes
me deixe em uma permanente tristeza, mas
não completa.
Sou de pensamentos inacabados,
sou meros rabiscos em um papel para esboçar.

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