Acontecia sempre ao cair da noite e se estendia até o início da manhã.
Os frequentadores eram pavões de todas as cores e preferências políticas,
festejavam com penas caras todos os dias.
O ambiente tinha cheiro de cigarro, por mais que a gandaia mudasse de
endereço, e era sempre elamaçado de bebida; sujo e muito escuro.
Mas a essa sujeira toda não era tão importante quanto as penas que
os frequentadores ostentavam para atrair um parceiro e copular.
Existiam aqueles machos que ficavam apenas bebendo e observando;
aqueles outros que iam para a multidão e tentavam afirmar ser alfa;
existiam aquelas fêmeas que dançavam para atrair com sua descontração;
e aquelas outras que ficavam no canto esperando que todos reconhecerem
a beleza de suas penas de luxo, financiadas pelo cartão das mamães pavoas.
Claro que a inversão de gênero sempre acontecia, tratando, assim, como
fêmea não apenas o que a biologia determina e vice versa.
Nenhum pavão estava lá para encontrar vida inteligente.
Nenhum pavão estava lá para encontrar vida inteligente.
Eram todos montados, nem seus dentes eram de verdade, mas é assim
que uma celebração de pavões deve seguir, com muitas cores falsas.
que uma celebração de pavões deve seguir, com muitas cores falsas.
E como são freqüentes essas celebrações, não? Tristemente freqüentes e divulgadas aos quatro ventos...!
ResponderExcluirGK
blog lindo.
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