quinta-feira, 15 de novembro de 2012

    Quando pequena me deram de presente um novelo de felicidade. Era para eu, aos poucos, tecer um belo agasalho para me proteger dos invernos da alma, um suéter quem sabe, com pontinhos de alegria.
Comecei, fazia torto, mas fazia. Teci primeiro as mangas, era mais fácil. Quando percebi tinha feito pra mim braços enormes, do tamanho do mundo por querer tudo dentro dos meus braços e abraços. Por querer controlar o que não me era de direito, perdi o controle e faltou linha para vestir o meu peito. Inverno por inverno eu congelava meu coração, pouco batia, só o suficiente pra me deixar passando frio. Braços quentes para abraçar eu tinha, só não possuía mais meu coração alegre.


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