sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Desventura de Fridda

Fridda era viciada em besouros e borboletas. Todas as
sextas ela saia com seu pote e sua vara para pegar,
olhar e devolver os bichinho. Seu quarto era recheado de fotografias
de borboletas de várias cores, tamanhos e tipos,tamanha era sua paixão por elas.
Certa sexta-feira, fazendo o que ela sempre fazia, pegou
uma borboleta azul clarinha, linda e brilhante. Resolveu gastar horas olhando a pequenina. Depois de quase 3 horas, começou a conversar com ela. Fridda poderia
estar exausta, drogada ou maluca; até onde a ciência sabe, não é normal travar diálogos com outras espécies.
-Olá Fridda!
-Como sabe o meu nome? Você fala?- perguntou para a
borboleta, com uma cara de susto e ao mesmo tempo
fascinação.
-Eu só posso falar com você- disse baixinho- Mas, por que você
me olha tanto?
-Você é tão bonitinha, não é uma borboleta qualquer. Por
falar nisso, qual o seu nome amiguinha?
-Chamo-me Jamille! Obrigada pelo elogio, gostaria de
conhecer minhas irmãzinhas?
-Adoraria.
Jamille foi na frente, guiando Fridda no meio da mata.
Ela já estava tonta pelo brilho da borboleta, mas, seu
corpo era obrigado a seguir aquele feixe de luz azul
clarinha.
Foram indo cada vez mais para o meio da mata. Até que
chegaram em um precipício.
-Venha Fridda!- disse a borboleta
Sem exitar, já hipnotizada pelo encanto da sua nova e duvidosa amiga,
ela foi. Botou seu pé para fora na grama e caiu.
Não chegava ao chão, as cores se misturavam, a borboleta
cantava e ela apenas sorria, sorria para a morte.
- Talvez besouros sejam mais leais. - Disse pela última vez Fridda.

Nenhum comentário:

Postar um comentário