sexta-feira, 17 de junho de 2011

Mistérios sócio-científicos

As pessoas tentam sempre encontrar uma razão maior para as coisas,
sem nem mesmo saber direito o que são essas coisas.
Deus, o Big Bang, o amor; o homem é o único animal que acredita nessas coisas.
Bom, talvez os elefantes tenham outra teoria para a criação do universo
e os seus rituais de acasalamento.
O fato é: desde que o pudor e os valores foram impostos todos nós
seguimos uma busca insaciável pelo grande amor e por desvendar os mistérios
do cosmo. Constantemente atribuímos valores às coisas que nos cercam, possibilitando,
assim, uma futura desilusão quando percebemos que realmente não era o que idealizamos.
Quando falamos de pessoas isso é inevitável.
O amor, sem dúvidas é uma das coisas que mais me intriga. Pessoalmente não
acredito em sua existência, seja ela materna ou conjugal. Para mim nada mais
é que o instinto de proteção da espécie agindo juntamente com a costume à presença
alheia. Em outros tempos eu defenderia veementemente o contrário, todavia,
alguns anos que me somaram levemente à fronte, fazem-me pensar na total irrealidade do amor.
''O amor, l'amour, amore, love'', fora uma invenção coletiva para poder copular
sem sentir culpa por ter necessidades animais. Claro, o ser humano não é um animal,
somos a imagem e semelhança de Deus, não podemos praticar o sexo sem ser
a fim de reproduzir; não podemos querer comer doce, é pecado; por isso que, nós,
semideuses, estamos destruindo o mundo. Mas voltemos.
Minha relação com as outras pessoas sempre foi atrapalhada, quando pequena
eu nunca conseguia fazer amigos, hoje eu não consigo ter relacionamentos.
O pensamento exacerbado é uma coisa que atrapalha. Eu, como humana século XIX
que sou, tendo a negar a existência da minha parte animal, contudo o amor para
mim é besteira. Percebi aos poucos, quando tentava me relacionar amorosamente
com os outros. Falavam ''Eu te amo'', mas nunca saia isto da minha boca; geralmente
estes relacionamentos terminavam pois eu era ''fria''. O ato sexual também é algo
complicado para mim. Minha mente, aquela século XIX, diz-me '' o sexo deve ser feito com
quem se ama'', eu não amo, logo a virgindade é a unica saída para uma mente
cheia de pudores e descrédula. Eu tentei encontrar o amor, de verdade, nunca deu certo.
Em um primeiro momento eu encontrava um macho disponível, analisava fisicamente a
fim de saber se me era atraente, conversava, buscava traços semelhantes de
personalidade e gostos, beijávamos e em um mês acabava. Acabava quando
eu notava que não bastava só gostar do cérebro do meu parceiro. A casca que
antes me atraia começava a ser vista de outra forma; ''os poros dele são
muito grandes'', ''o nariz é oleoso'', ''ele toma banho?''. Essas são
as 3 coisas que geravam o meu afastamento. Muitos devem pensar que é
totalmente supérfluo, mas era apenas eu constatando que não poderia
amar um animal. Sentia repulsa quando percebia que eles
sentiam vontade de copular comigo. Se o amor é algo tão grande e transcendental,
precisa sobreviver na forma de sexo? Não consigo viver essa vida
pensando que sou apenas um animal, eu sou pensamentos. Mesmo o amor
sendo uma idealização e mentira social é um pensamento incoerente e nada aplicável,
logo descarto esta teoria. O amor não existe, por favor não me provem
o contrário.
Em relação ao universo não tenho muito o que acrescentar, mas quando
eu terminar o curso de física moderna que pretendo iniciar um dia, falarei
mais sobre o assunto.
Agora, Deus? Digo apenas uma palavra: ENERGIA.

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